Segundo os dados divulgados ontem (9) pela Administração Estatal de Estatísticas da China, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país registrou, em Novembro, um aumento de 2%, em comparação com o mesmo período do ano passado, retomando o nível de 2%. Para os economistas, o preço das mercadorias aumentará, mas sem entrar numa "fase de alta inflação".
No segundo semestre deste ano, o aumento do IPC apresenta um nível relativamente baixo. Inclusivamente, o índice criou um recorde de crescimento mínimo,
"O custo de alguns produtos irá aumentar durante o Inverno, especialmente o preço dos vegetais. Porque os vegetais são cultivados em estufa nesta estação, o que torna o custo de produção e transporte mais alto em comparação com outras estações do ano. Isto é também um elemento importante para o aumento do IPC."
Para Zhao, o IPC e o ambiente macroeconômico têm uma relação muito estreita. Com a recuperação estável da economia chinesa, a relação entre oferta e demanda voltará à normalidade. Por esta razão, é inevitável que o IPC apresente um aumento após bater no fundo.
Porém, alguns especialistas estão preocupados com o aumento do IPC, questionando se será possível obter um sinal para uma nova inflação no próximo ano. Enquanto outros economistas consideram que devido à influência do aumento da demanda doméstica, o preço da carne suína e custos de mão-de-obra e de terra, o preço das mercadorias vai entrar num novo ciclo de crescimento em 2013. Sobre estas opiniões, Zhao disse que a China não terá uma meta de crescimento econômico muito alto para o próximo ano, o que significa que o país tem mais recurso para garantir a qualidade e eficácia do crescimento econômico, e também para controlar o preço de mercadorias. Por esta razão, embora os preços venham a aumentar no futuro, não se concretizará uma inflação muito alta.
"Podemos perceber, de acordo com o 12º plano Quinquenal, que o crescimento econômico de 7% não é uma meta muito alta, mas alcançável. Ao mesmo tempo, a China dá maior prioridade à qualidade e eficácia do crescimento econômico, e não ao volume. A nossa política macroeconômica não visa estimular o crescimento, mas garantir a estabilidade e o equilíbrio do desenvolvimento. Por esta razão, o país vai controlar o preço das mercadorias para evitar uma alta inflação como aconteceu no passado".
A Administração Estatal de Estatísticas da China publicou ainda o Índice do Preço ao Produtor (IPP), em Novembro, com um registro de queda no valor de 2,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado, e 2,8%, em comparativamente ao mês passado. Para Zhao, a queda indica a possibilidade de que o IPP volte à orbita de "aumento positivo" no segundo ou terço trimestre do ano que vem.
"Com a entrada em vigor das medidas para estabilizar o aumento econômico, e a situação macroeconômica cada vez mais estável, o IPP vai parar de cair e voltarà à normalidade no segundo e terceiro trimestre do próximo ano."