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IPC da China retoma um nível de 2%
2012-12-11 18:56
 

Segundo os dados divulgados ontem (9) pela Administração Estatal de Estatísticas da China, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país registrou, em Novembro, um aumento de 2%, em comparação com o mesmo período do ano passado, retomando o nível de 2%. Para os economistas, o preço das mercadorias aumentará, mas sem entrar numa "fase de alta inflação".

No segundo semestre deste ano, o aumento do IPC apresenta um nível relativamente baixo. Inclusivamente, o índice criou um recorde de crescimento mínimo, em Outubro. Por este motivo, se o IPC tiver um grande aumento após Novembro irá se tornar numa grande preocupação. De acordo com as estatísticas, o preço dos alimentos em Novembro aumentou 3%, em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo o principal contributo para o aumento do IPC. O vice-diretor da faculdade de Finanças e Fiscalização da Universidade Popular da China, Zhao Xijun, analisou que o preço dos alimentos é influenciado pela mudança das estações do ano.

"O custo de alguns produtos irá aumentar durante o Inverno, especialmente o preço dos vegetais. Porque os vegetais são cultivados em estufa nesta estação, o que torna o custo de produção e transporte mais alto em comparação com outras estações do ano. Isto é também um elemento importante para o aumento do IPC."

Para Zhao, o IPC e o ambiente macroeconômico têm uma relação muito estreita. Com a recuperação estável da economia chinesa, a relação entre oferta e demanda voltará à normalidade. Por esta razão, é inevitável que o IPC apresente um aumento após bater no fundo.

Porém, alguns especialistas estão preocupados com o aumento do IPC, questionando se será possível obter um sinal para uma nova inflação no próximo ano. Enquanto outros economistas consideram que devido à influência do aumento da demanda doméstica, o preço da carne suína e custos de mão-de-obra e de terra, o preço das mercadorias vai entrar num novo ciclo de crescimento em 2013. Sobre estas opiniões, Zhao disse que a China não terá uma meta de crescimento econômico muito alto para o próximo ano, o que significa que o país tem mais recurso para garantir a qualidade e eficácia do crescimento econômico, e também para controlar o preço de mercadorias. Por esta razão, embora os preços venham a aumentar no futuro, não se concretizará uma inflação muito alta.

"Podemos perceber, de acordo com o 12º plano Quinquenal, que o crescimento econômico de 7% não é uma meta muito alta, mas alcançável. Ao mesmo tempo, a China dá maior prioridade à qualidade e eficácia do crescimento econômico, e não ao volume. A nossa política macroeconômica não visa estimular o crescimento, mas garantir a estabilidade e o equilíbrio do desenvolvimento. Por esta razão, o país vai controlar o preço das mercadorias para evitar uma alta inflação como aconteceu no passado".

A Administração Estatal de Estatísticas da China publicou ainda o Índice do Preço ao Produtor (IPP), em Novembro, com um registro de queda no valor de 2,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado, e 2,8%, em comparativamente ao mês passado. Para Zhao, a queda indica a possibilidade de que o IPP volte à orbita de "aumento positivo" no segundo ou terço trimestre do ano que vem.

"Com a entrada em vigor das medidas para estabilizar o aumento econômico, e a situação macroeconômica cada vez mais estável, o IPP vai parar de cair e voltarà à normalidade no segundo e terceiro trimestre do próximo ano."

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