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Autoridades militares chinesas e norte-americanas se encontram em Beijing
2013-04-24 00:46
 

O chefe do Estado-Maior do Exército de Libertação do Povo Chinês, general Fang Fenghui, recebeu na tarde de ontem (22) em Beijing, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Martin Dempsey. Foi o primeiro encontro entre os dois depois que assumiram seus respectivos cargos. Em coletiva de imprensa após o encontro, o general chinês disse que a região Ásia-Pacífico é um grande palco para a cooperação entre China e EUA.

Segundo Fang Fenghui, ele discutiu com Dempsey sobre a relação militar entre os dois países, a questão de Taiwan, das ilhas Diaoyu, da península coreana, entre outros assuntos internacionais e regionais. Para o general, os exércitos chinês e norte-americano carregam uma responsabilidade cada vez maior na manutenção da paz e da estabilidade da Ásia-Pacífico.

"Respeitamos os interesses razoáveis dos norte-americanos na Ásia-Pacífico, e queremos vê-los desempenhando um papel construtivo na região. A China e os Estados Unidos devem respeitar as preocupações mútuas e evitar a concorrência maléfica, conflitos ou confrontos. Os dois exércitos devem ampliar suas cooperações no combate ao terrorismo, no alívio das consequências de desastres e na logística médica. Como dois países importantes para a região Ásia-Pacífico, a China e os Estados Unidos devem reforçar as coordenações e cooperações no tratamento das questões mais quentes e no enfrentamento de possíveis crises."

Os Estados Unidos anunciaram no ano passado a estratégia de fortalecer a presença militar na região Ásia-Pacífico. Apesar de ter ressaltado em várias ocasiões que o ato não tinha como alvo a China, a promoção frequente de manobras militares nos arredores do país asiático provocaram dúvidas sobre o papel dos Estados Unidos na região. O Chefe do Estado-Maior norte-americano, Martin Dempsey respondeu que a intenção de Washington é justamente manter a estabilidade da Ásia-Pacífico.

"Nosso objetivo é manter a estabilidade da Ásia-Pacífico e proteger nossos interesses na região, que têm uma ligação estreita com o desenvolvimento econômico e a segurança regional. Tudo isso requer que os Estados Unidos se tornem parte da solução."

Os dois generais também trocaram opiniões sobre a questão da península coreana. Segundo Fang Fenghui, a China persiste na desnuclearização do local. O país pede às partes envolvidas que se contenham e mantenham a tranquilidade para tratar de forma adequada o problema.

"A República Popular Democrática da Coreia realizou o terceiro teste nuclear. Nós estamos dispostos a persuadir, junto com outros países, a Coreia do Norte a abandonar os testes e a fabricação de armas nucleares. Uma península desnuclearizada corresponde aos interesses das diversas partes, inclusive da própria RPDC."

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